Em revoada, borboletas brancas relembram que Pandora, esposa de Epitemeu, aborrecida com a conduta do marido, colocou em uma caixa que preservava como o Tudo aquela frase maravilhosa: a esperança é a última que morre!
Há borboletas brancas no meu horizonte, realmente. Borboletas que reconstroem o futuro, afastando o passado. Em mim, o desejo de que meus amigos de verdade afetuosamente a cultivem, a esperança. Esperança de que nosso Brasil seja reconstruído e que 2023, maravilhosamente, a receba.
Ouço, de repente, Nara Leão afirmando que era uma vez um jardim que se chamava Terra; como fruto maduro brilhava ao sol; não era o inferno nem o paraíso, e as flores sem nome se abriam em riso.
Retornaremos ao passado no futuro, tenho certeza, futuro que reconstruirá nossa felicidade, sem pandemias de saúde e outras mais...
Nosso Futuro há de ser maravilhoso! Há alguns meses ou anos, afirmei em um dos meus textos aqui que a vida me ensinou que, embora devamos lutar com toda a força em defesa de nossas ideias, é fundamental sermos simples. Simples como o pó da estrada, qual seguidamente repetia meu pai lembrando um poema de Fernando Pessoa.
A poesia diz mais do que a prosa, ainda que o Álvaro Moreyra - o Alvinho - em um poema bem curto, de um verso apenas, afirme que palavras não dizem nada, melhor é mesmo calar.
Mas não, neste momento, não me calarei e Alvinho há de me perdoar. Além de tudo, porque a esperança me leva ao Futuro. E mais, repetindo-me, lembro que o Tempo não apita na curva, não espera ninguém. Quem lê o quanto escrevo aqui no meu Diário de Santa Maria dirá que eu me repito sem parar. Mas tem de ser assim, perdoem-me, porque a esperança - direi mais uma vez! - é a última que morre!
Permanecemos isolados, Tania e eu, em Tiradentes, longe da minha Santa Maria. Não obstante, é como se estivéssemos aí, de verdade. Encontrando amigos que trazem em suas mãos a esperança, e mais, certeza, de que nosso Brasil será mesmo reconstruído a partir de janeiro de 2023. Aí, então, em Santa Maria, todos juntos ouviremos os Três Xirus afirmarem que, na minha terra, tem um grupo de bolão que representa a nossa comunidade. Dali, a gente tudo junto reunido. Vive momentos de grande felicidade!
Será maravilhoso. Tenho certeza! Reencontraremos nossas amigas e nossos amigos de verdade. Não posso relembrar todos. Não há espaço para tanto neste meu texto quinzenal. Mas todos eles estarão ao nosso lado, a esperança tornando-se realidade de verdade. Tanto tanto que Pandora há de estar lá do céu sorrindo para nós.